quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eu sou um paradoxo
Uma antítese ambulante!
Uma figurinha Barroca:
Meio anjo, meio demônio
Meio tudo, meio nada

Sou um bilhão
Sou um quarto

Um quarto vazio,
O "quarto da bagunça"!
Sem cama e sem armário
Com um tapete manchado
Sobre o piso arranhado.

Às vezes (quase sempre)
Nem sei o que sou
Ou por quê o sou
Acho que sou o que sobrou
Fechado e chacoalhado
Com um pouco de água e bicarbonato
Prestes a explodir...
Hoje, tentei sorrir. Tentei com tanto empenho que, por um momento, pude sentir meus dentes caindo: um por um.

Às vezes a dor é tão grande que você simplesmente não consegue descrevê-la.

Só se tem refúgio na morte.

Nunca fui feliz. O que tive foram breves momentos de felicidade.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alma circular

Sou esférica.
Mais esférica que a Terra
Talvez a mais esférica da Terra
Na imensidão da minha redondisse.
Sou meio muito um pouco
De tudo ou só de alguma coisa
E, às vezes, penso que nem sou.
Tento me enquadrar e triangular
Mas todo lugar parece apertado:
Sou uma forma estranha
Com meus "pis" e radianos
Ângulos e incógnitas
Senos e cossenos... Detestável!
Pobre de mim
Rolando, rolando, rolando
Sem chegar a lugar algum
Recusando formas fixas e tangentes.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Novembro

Doce Novembro
Inspira Dezembro
Com cheiro de verão
De fim de ano, de fim de tudo
Uma última chance:
Pra reviver (de novo)
Pra tentar (mais uma vez)
Pela última vez (talvez).

Poesia

A poesia está em tudo o que você pode tocar, sentir ou imaginar.
E, para o poeta, isso é matéria-bruta.
Entre um desajeito e outro é que acaba virando verso...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Acende o cigarro e deixa queimar
Queima até desbotar a alma
Até não ter mais alma pra queimar.