Oitavo
andar. Esquina com a Avenida do Contorno, rua movimentada da capital. Zona Sul,
onde ninguém se importa com quem atravessa a rua, com quem está na rua, com quem
VIVE na rua. Importante é a marca da roupa que você usa e a maquiagem que você
coloca na cara de manhã pra cobrir toda infelicidade e insegurança. Não sei bem como começou, tão menos como acabei ali, mas
lá estava eu: encarando a janela do oitavo andar. A semana mal havia começado e
eu não conseguia tirar da cabeça a tal janela. Lembro dos livros espalhados na
mesa e da obrigação empilhada na minha cabeça... Acima de tudo, lembro da
solidão. Lembro de abrir a janela e sentir o vento soprar contra o meu rosto.
Lembro de olhar pra baixo e imaginar... Só entende quem já olhou pra janela e
encontrou a solução para todos os seus problemas. Ahh minha janelinha no oitavo
andar. Outro dia
passei por lá. Recordei
meus maus bocados, lembrei do fim que minha história ainda não teve.
sábado, 30 de abril de 2016
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