domingo, 20 de março de 2016

Babel

O cotidiano mata
Aos poucos, a criatividade
A esperança escorre
Preta, fétida na sarjeta

O empresário suja a rua
A rua suja o moleque
Cujos pés desnudos
Afagam o asfalto duro

A luz dos faróis
Copia a luz do dia
O dia já é mais noite que dia...
As buzinas abafam
Os gritos da periferia
O perfume, o espumante
Se confundem
Com odores da rua

É meu amigo,
Te norteia!
Com a TV ligada
E essa barulheira
Sai são quem o mundo vagueia

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